29 de dezembro de 2017

Henri Maire Crémant du Jura

Este ano, a Wine, mais uma vez, fez um festival de promoções em novembro. Enquanto outros sites faziam campanhas de "Black Friday", vendendo os vinhos pelo mesmo preço que venderam todo o ano, a Wine deu descontos de deixar irritados os assinantes dos seus clubes de vinho. Isso porque alguns vinhos do clube estavam com preços mais baixos do que seus assinantes haviam pagado.

Um desses, foi o espumante Henri Maire Crémant du Jura Brut, oferecido na Seleção Espumantes em julho de 2017 [*]. Na ocasião, foi oferecido por R$62 a garrafa; e nas promoções de novembro, saiu por R$50!

14 de dezembro de 2017

Lagostim e Sémillon

Outro dia, vi no mercado uma bandejinha de caudas de lagostim (a embalagem dizia lagosta, mas era meio pequeno pra ser chamado assim). Não era barato, mas era um valor factível pra se fazer uma graça, uma vez ou outra. Mesmo assim, não comprei na hora.

4 de dezembro de 2017

Uvas tintas da Grécia

Apesar da tradição vinícola milenar da Grécia, conhecemos muito pouco os vinhos desse país. E com o calor tórrido do verão de lá, os mais conhecidos costumam ser os brancos, que encantam os turistas durante o verão. Mas as variedades tintas também possuem grande importância. Existem duas dezenas delas utilizadas em escala comercial, que cobrem 21 mil hectares de vinhedos, o que corresponde a 40% da área de vinhedos destinados a produção vinícola. E algumas dessas variedades são responsáveis por alguns dos vinhos de maior reputação do país.

As três variedades tintas de maior reconhecimento internacional são Xinómavro (ξινόμαυρο), Agiorgítiko (αγιωργίτικο) e Mavrodaphne (μαυροδάφνη); cada uma delas é a estrela em uma das principais Denominações de Origem Protegidas do país. E apesar da limitada oferta de vinhos gregos aqui no Brasil, temos à disposição exemplares de todas essas regiões - e alguns muito bons, por sinal. Por isso, esse foi o tema que escolhi para o encontro de minha confraria, quando chegou a minha vez no rodízio.

A minha seleção contou com 5 vinhos, sendo dois provenientes do norte do país (DOPs Naousa e Rapsani), e três do Peloponeso (DOP Nemea, Mavrodaphne de Patras e IGT Achaia). Mas antes de descrever os vinhos, falemos um pouquinho dos produtores.

28 de novembro de 2017

Miras Joven Pinot Salvaje 2016

Vinhos interessantes, criativos, fora do lugar-comum, sempre atraem minha atenção; e mais ainda quando encontro muitos comentários positivos a seu respeito. Por isso, quando o Miras Joven Pinot Salvaje 2016 saiu na Vinumday, tive que comprar pra provar.

22 de novembro de 2017

Tornatore Etna Rosso 2014

No ano passado, tive a primeira oportunidade de tomar um vinho tinto da DOC Etna Rosso, produzido aos pés do vulcão ativo que domina a paisagem do leste da Sicília. Essa primeira experiência me deixou com uma ótima impressão; por isso, me interessei ao ver o Tornatore Etna Rosso 2014 oferecido na Evino. Aproveitei um cupom de desconto, e o vinho saiu por R$62.

13 de novembro de 2017

Maître de Chais Syrah 2007

Há pouco mais de 4 anos, recebi uma remessa com 3 vinhos da Suíça, pelo clube de vinhos Winelands. Pelo que provei das duas primeiras garrafas (veja aqui) - eram vinhos com potencial de guarda - decidi guardar a terceira por mais tempo, para abri-la agora em 2017, quando completasse 10 anos.

11 de novembro de 2017

Lustau Palo Cortado Península

No mês passado, uma de minhas confrarias teve como tema os vinhos de Jerez. Foram selecionados 5 vinhos, para representar os 5 estilos mais prestigiados dentro dos vinhos de Jerez: um Fino, um Amontillado, um Palo Cortado, um Oloroso, e um PX.

Não conhece o Jerez e sua infinidade de estilos? Leia: Dos vinhos de Jerez.

A maioria dos confrades nunca tinha provado desses vinhos, antes. Para eles, a expectativa não estava em sintonia com o que iriam provar, mesmo tendo sido advertidos. A estranheza e a rejeição sumária tomaram conta, seguidos de comentários hilários e jocosos quanto aos vinhos. Não eram exemplares ruins, mas são tão diferentes dos vinhos regulares, que é melhor não pensar em vinho: Jerez é Jerez.

7 de novembro de 2017

Jamón y Jerez: um clássico?

Qual é a clássica combinação entre vinho e presunto cru na Espanha? Se você respondeu Jerez, errou. Os vinhos de Jerez são muito pouco difundidos fora da sua área de produção, até mesmo no restante da Andalucía, onde se localiza a DO Jerez. A oferta desse vinho até mesmo em Sevilha - que vem a ser a capital da Comunidade Autónoma - é bastante limitada. Difícil que essa seja uma opção aventada por grande parte da população.

Jamón ibérico (fonte: Pinterest)

4 de novembro de 2017

Branco do século passado

Em uma reunião temporã de confraria, um confrade trouxe um vinho bem diferente: um branco do ano de 1999, ou seja, já com 18 anos. Ele disse - em tom acanhado - que o havia comprado na Espanha; que não tinha certeza se ainda estava em condições, mas o vendedor garantiu sua qualidade, e ele arriscou trazer.

Um vinho branco com 18 anos, em geral, seria um grande risco; mas não se for um Viña Tondonia Blanco Reserva. Trata-se da principal marca das Bodegas López de Heredia, um ícone de Rioja, famoso por vinhos brancos e tintos de grande longevidade. Este branco, por exemplo, só é vendido após 10 anos de guarda.

24 de outubro de 2017

Bodegas RE Pinotel 2015


Quem é que pensaria em fazer um vinho rosé conjugando Moscatel e Pinot Noir? Somente uma vinícola bem criativa, como as Bodegas RE. Depois de me encantar com o Chardonnoir e sua cor madrepérola, e o RE Velado com crianza biológica, agora foi a vez de conhecer o Pinotel 2015, um rosé de cor pálida, feito de um corte entre Moscatel Rosada e Pinot Noir.

17 de outubro de 2017

Produttori del Barbaresco 2006

No último texto, comentei a respeito de um Barolo, que representou a região em um painel de vinhos feitos de Nebbiolo, e conforme esperado, foi eleito o melhor da noite. Mas em um painel de Nebbiolos não poderia faltar um Barbaresco; e como era esperado, também fez bonito.

13 de outubro de 2017

Luigi Einaudi Barolo Terlo 2011

Este foi mais um dos vários grandes vinhos que tenho o privilégio de conhecer por participar de uma confraria de vinhos. O tema do encontro foi Nebbiolo, e com alguns exemplares inusitados vindos de fora da Itália. Mas não tem pra ninguém, a terra de excelência da Nebbiolo é realmente o Piemonte, e o maior de todos, o Barolo.

10 de outubro de 2017

Rosé de Malbec em versão francesa

Gosto dos rosés de Malbec argentinos: são uma boa opção quando se busca um rosé um pouco mais encorpado, sem aromas vegetais; e não costumam ter a deficiência na acidez que costumam ter os tintos. Mas como seria um rosé de Malbec francês? Ao ver um selecionado para o Vinhoclube Summer, fiquei empolgado, na expectativa de conhecer como seria a versão produzida na terra de origem da uva.

8 de outubro de 2017

Bacalhôa Moscatel Roxo 2002

Há três anos, tive a oportunidade de degustar o Moscatel Roxo 1998 da Bacalhôa, durante um curso de vinhos portugueses. Desta vez, eu pude tomar o vinho (e não apenas degustar), e apreciando-o mais profundamente. A garrafa me foi trazida sob encomenda por um amigo que visitou Portugal, e a compartilhei em um jantar. Tratava-se do Bacalhôa Moscatel Roxo 2002; 4 anos mais novo do que aquele do curso. Mas as impressões foram as mesmas.

3 de outubro de 2017

Covela Rosé no Gallo Nero

Depois da boa experiência com o ossobuco do Gallo Nero, Thais sugeriu o restaurante para um almoço de sábado. No almoço, eles servem o que chamam de "menu degustação", pequenas porções de diversos pratos, servidos um após o outro, e ao final, podemos repetir o que quisermos.

Após um couvert e uma salada também incluídos no preço, o cardápio daquele sábado continha: penne ao molho de gorgonzola; gnocchi recheado e gratinado, ao molho rosé; bisteca suína reduzida em seu molho acompanhado de canjiquinha com agrião; e cartoccio (papelote) de salmão acompanhado de legumes grelhados no azeite.

Como era sábado, resolvi pedir um vinho. Da outra vez, eu já tinha visto na carta do restaurante o Covela Rosé. Por isso, dessa vez nem olhei a carta. Confirmei se tinham, e com ele fui.

24 de setembro de 2017

X Decima Gran Reserva Blend 2008

Há pouco tempo, um amigo trouxe em casa uma garrafa do X Decima Gran Reserva Blend 2008. Ele disse que tinha lhe custado apenas R$60, um preço bem atrativo para um vinho com 9 anos de guarda. O vinho me chamou a atenção pela sua complexidade aromática e sua estrutura, que combinava corpo elegante com taninos bem presentes. Até encomendei uma garrafa para prová-lo com mais calma.

20 de setembro de 2017

Espumante Tinto Bruto Raposeira

Fazia algum tempo que eu queria tomar um bom espumante tinto acompanhando um leitão à Bairrada. Esses espumantes são bem pouco comuns, e parecem um pouco estranhos à primeira vez, devido ao excesso de 'informações táteis' à boca, causados pelos taninos e o gás. Mas se os dois juntos causam certa estranheza quando tomado puro, fazem maravilhas ao lado de pratos muito gordurosos, como o leitão pururucado. E por isso, esse estilo de espumante é bastante apreciado em Portugal.

15 de setembro de 2017

F2F Blend 2013

Este fim de semana, chamei em casa um amigo pra gente provar um novo vinho da Bulgária que chegou recentemente na Winelands. Ele se chama F2F Blend 2013, ou face to face. A garrafa tem um belo rótulo em preto e dourado, mostrando duas silhuetas de rostos, e uma cápsula dourada, que parecia de cera (mas ao arrancá-la, me pareceu mais um plástico).

13 de setembro de 2017

Alambique de Minas Ouro

Para celebrar mais um 13 de setembro (dia nacional da cachaça), resolvi escrever a respeito da Alambique de Minas Ouro. Uma cachaça que conheci este ano, e caiu na minha graça.

10 de setembro de 2017

RE Velado 2012


Este vinho nasceu por acaso, fruto de um terremoto de grandes proporções que atingiu o Chile em fevereiro de 2010. Esse terremoto ceifou centenas de vidas e causou milhões de dólares de prejuízos materiais. A indústria vinícola também foi severamente afetada - com adegas colapsadas, tanques e barris danificados, muitos produtores perderam grandes volumes da sua produção. A estimativa oficial de perda foi de um total de 150 milhões de litros de vinho [*].

4 de setembro de 2017

Os Portos de Álvaro van Zeller

Na semana passada, dei um pulinho em BH. Além de visitar a família, aproveitei para participar de uma degustação de vinhos do Porto Maynard's, a convite da Casa Rio Verde / Vinhosite. Mais do que uma degustação de vinhos do Porto de categorias superiores, ela foi conduzida pelo próprio produtor, Álvaro van Zeller.

29 de agosto de 2017

Trautsamwieser Grüner Veltliner Smaragd 2015

Quando meus pais viajaram à Áustria, adoraram os vinhos brancos do país, e trouxeram de lá um para tomarem comigo. Ele se chamava Trautsamwieser Grüner Veltliner Smaragd 2015, proveniente de Achleithen - Weissenkirchen, Wachau. Esse monte de termos em alemão conta muito a respeito do vinho; por isso, vale a pena conhecê-los.

23 de agosto de 2017

Harmonizando pastel de choclo

Outro dia, fomos à casa de um casal de amigos, para uma celebraçãozinha. O pai dele é chileno, e havia preparado uns pratos típicos do Chile para a ocasião: empanadas e pastel de choclo. De acordo com a tradição, o vinho certo para harmonizar com o pastel de choclo é o tinto. Mas eu tinha um branco que, apesar de ir contra os costumes, tinha tudo para dar certo. E deu.

19 de agosto de 2017

Gran Codorníu Pinot Noir 2012

Já comentei aqui de uma promoção do Pão de Açúcar, que colocou todos os espumantes com 50% de desconto, às vésperas do dia dos namorados. Além de algumas garrafas do Champagne Piper Heisieck, também comprei uma garrafa do Cava Gran Codorníu Pinot Noir 2012, por R$62,50. Deste, peguei a última garrafa disponível.

13 de agosto de 2017

Este Vinho Verde vai bem com Pad Thai

Thais estava a fim de fazer em casa um pad thai, inspirada em seu prato favorito do restaurante Tomyam (que, a propósito, voltou a se chamar Lagundri, mas segue com a mesma equipe). O pad thai é um prato baseado em talharim de arroz, e leva camarões, cenoura, moyashi, amendoins, coentro, e um molho composto de caldo de peixe, tamarindo, açúcar e muita pimenta, tudo refogado na wok. Já no prato, esprememos limão sobre ele, que além de adicionar sabor, ameniza a sensação picante.

11 de agosto de 2017

Um bolo de aniversário e um Colheita Tardia da Suíça

Em turma de vinho, quando tem aniversário, até o bolo vai com vinho. No final do mês passado, nos reunimos para comemorar o aniversário de duas confrades, e o nosso confrade Chef Alê se encarregou de fazer um bolo para comemorar. O bolo foi recheado com "baba de moça" - um creme com coco e abacaxi - e coberto de um merengue com raspas de limão, pra dar um toque cítrico. É redundante dizer que estava uma delícia.


A ocasião foi perfeita para abrirmos o Domaine Tourbillon 2008, um vinho de colheita tardia da Suíça (AOC Valais). É produzido pela Provins que, além de um dos maiores produtores do país, é o maior exportador de vinhos. Já comentei aqui a respeito de alguns vinhos desta cooperativa.

5 de agosto de 2017

Harmonizando vinho e arte

No final do mês de julho, ocorreu em Campinas a segunda edição da Expo Vinho & Arte. Esta nova idéia faz parte do calendário do Festival de Vinhos, organizado pela ABS Campinas SBSomm, entre fim de julho e início de agosto.

2 de agosto de 2017

O Ossobuco do Gallo Nero

Outro dia, um casal de amigos nos chamou para jantar no Gallo Nero. O restaurante funciona junto à loja de vinhos Cave Pavesi (creio que nenhum dos dois tem site na Internet); o restaurante fica no fundo, e a gente atravessa a loja para chegar a ele. Nós já havíamos ido algumas vezes lá. A comida é muito boa, saborosa e criativa, mas nós não vamos com freqüência porque eles não permitem que levemos nossos vinhos.

29 de julho de 2017

Champagne Piper-Heidsieck

No final de maio, estava no Pão de Açúcar, quando resolvi dar uma passada na sessão de vinhos (como sempre faço, em qualquer supermercado que entro), e me deparei com uma novidade: na prateleira, estava o Champagne Piper-Heidsieck Brut, sendo vendido por R$199. Eu fiquei tentado, afinal conheço há algum tempo a qualidade deste Champagne (e o acho melhor do que a linha equivalente da Veuve Clicquot, que normalmente custa acima de R$300). Mas não comprei, deixei pra outra vez.

23 de julho de 2017

Km 0 Gran Reserva Tannat 2009

Já comentei a respeito do Viognier e do Pinot Noir. Só faltava o Km 0 Gran Reserva Tannat 2009, para completar toda a linha Gran Reserva da Bodega Irurtia. E mais uma vez, o vinho demonstrou o alto nível de qualidade que a bodega investe nessa linha Gran Reserva.

22 de julho de 2017

Breve história do Vinho do Porto

Vinho do Porto é um vinho licoroso e doce, produzido no Norte de Portugal. Ele ficou conhecido por este nome, porque embarcava na cidade do Porto, para a Inglaterra, o país que tornou famoso este vinho. Mas as uvas são plantadas longe dali, no Alto Douro, no interior do país. Ainda hoje a cidade tem laços estreitos com a bebida, pois os maiores produtores mantém ali suas caves, ao alcance de milhões de turistas.

Mas você sabe por que a cidade do Porto foi escolhida como porto de embarque para exportação? Sabia que ele nem sempre foi licoroso? Que foi a primeira denominação de origem controlada do mundo? Sabe por que as caves ficam em Vila Nova de Gaia, e não no Porto? Então, leia este breve relato da história do vinho e entenda como ele se tornou o que é.

11 de julho de 2017

O rinoceronte de Dürer

Em maio de 1515, chegou em Lisboa um rinoceronte, enviado como presente ao Rei Manuel I. Era a primeira vez que um animal daquela espécie pisava em solo europeu, desde o Império Romano. O acontecimento chamou a atenção, e cartas com descrições e desenhos do paquiderme foram enviados para diversos cantos da Europa.

Rascunhos e desenhos chegaram ao artista alemão Albrecht Dürer, que fez então a gravura abaixo, sem nunca ter visto um rinoceronte. A obra ficou muito famosa por toda a Europa e, apesar das inexatidões, permaneceu como a imagem de referência dos rinocerontes na Europa por mais de 300 anos, tendo sido usado como base por diversos autores.

Rhinocerus (imagem obtida no Commons Wikimedia)

5 de julho de 2017

Domdechant Werner Hochheimer Riesling Trocken 2011

Não é todo dia que temos a oportunidade de tomar um Riesling de tão alto nível. A Mistral havia colocado os vinhos da Domdechant Werner em promoção no ano passado, e dois confrades compraram algumas garrafas do Domdechant Werner Hochheimer Riesling Trocken 2011, por pouco mais de R$100. Eu demorei, e perdi a barganha, mas ainda bem, tive a oportunidade de provar de algumas garrafas compartilhadas por esses confrades.

28 de junho de 2017

Château de Panisseau Baccarat 2007

No mês passado, recebi uma mensagem de um leitor bastante decepcionado com a qualidade de vinhos muito baratos adquiridos na Evino. Realmente, o site oferece uma grande quantidade de vinhos a preços muito baixos, mas que na maioria, parecem ser simplesmente compatíveis com os preços, isto é, de qualidade muito baixa. Mas algumas ofertas parecem realmente boas demais para serem verdade, como por exemplo, o Château de Panisseau Baccarat 2007: um vinho francês com 10 anos de guarda, por menos de R$40.

24 de junho de 2017

RE Chardonnoir 2013

A produção vinícola do Chile é sem dúvida uma das mais vibrantes do mundo na atualidade; na última década o país vem brindando a nós consumidores com uma grande quantidade de iniciativas interessantes e criativas.

Uma delas são as Bodegas RE, o novo projeto da família Morandé. Pablo Morandé, o pai, foi o responsável por incluir o Vale de Casablanca no mapa vinícola chileno. Enquanto, trabalhava como enólogo para a Concha y Toro, recomendou à empresa o investimento em Casablanca. Como eles não tiveram interesse, Morandé decidiu ele mesmo investir, fundando a vinícola com seu nome, em 1996.

22 de junho de 2017

Apollonio Diciotto Fanali Salento Rosato

O que esperar de um vinho rosé com 6 anos de idade? Certamente, é uma experiência inusitada. Até porque, raramente algum produtor se dispõe a fazer um rosé que possa ser guardado por tanto tempo. Mas a Casa Vinicola Apollonio - empresa familiar centenária (de 1870), localizada em Salento, no calcanhar da "Bota" - foi contra a maré, e fez.

16 de junho de 2017

A aparente dualidade do ar com o vinho

Certos vinhos, quando os abrimos, usamos decanteres e aeradores para acelerar o contato com o ar, e melhorar sua qualidade; por outro lado, quando não consumimos toda a garrafa, utilizamos bombas a vácuo, ou outras ferramentas, para impedir o máximo possível o contato do vinho com o ar, para que não estrague. É normal que algumas pessoas achem uma incoerência entre as duas ações. Afinal, como pode o mesmo ar melhorar e estragar o vinho?

10 de junho de 2017

π: os nerds também amam vinho

π - a constante matemática definida pela razão entre a circunferência e o diâmetro de um círculo, é o nome desse vinho. O Pi - 3,1415 é produzido pelas Bodegas Langa, vinícola familiar com atuação na região de Aragón, norte da Espanha, e que neste ano de 2017 completou 150 anos. O nome faz referência ao vinhedo que o origina, que tem 3,14 hectares; e o rótulo - nerd, porém criativo - é rodeado por algumas centenas de dígitos que correspondem à constante π - 3,141592653589...

4 de junho de 2017

Guatambu Épico

Inspirado pelo dia nacional do vinho, neste domingo, aproveito para comentar um baita vinho nacional que conheci em uma degustação de uma de minhas confrarias este ano. Trata-se do Guatambu Épico, primeira edição deste vinho não-safrado produzido pela vinícola Guatambu.

30 de maio de 2017

Pra quem não tem medo de vinho suave

Este mês, tivemos uma degustação com o tema vinhos brancos da França. E não é que o vinho mais impressionante, mais complexo, mais memorável, foi um moelleux, quer dizer, suave? O Domaine du Clos Naudin Vouvray Moelleux 2009, suave, com 35g/L de açúcar, e mesmo assim com 8 anos de idade, desbancou um Riesling Grand Cru da Alsácia, entre outros, como o melhor vinho da noite.

23 de maio de 2017

Münster com sotaque

Um queijo de estilo francês, produzido no Brasil, exposto em uma feira de cervejas, foi a inspiração para uma harmonização com vinho.

No mês de abril, ocorreu em Campinas um evento de cervejas artesanais (o Festival da Cultura Cervejeira). Mas além da diversidade de pequenos produtores de cerveja, a feira também trouxe alguns produtores de queijo artesanal. Dentre esses, me chamou a atenção uma queijaria de Santa Catarina, que faz queijos com sotaque francês. A idealizadora da Queijo com Sotaque foi a francesa Elisabeth Schober, que se encantou com o Brasil, e viu na pouca diversidade de produção local um nicho a ser explorado.

15 de maio de 2017

Tarima Rosado 2015

Nesse início de ano, o Vinhoclube incluiu em diversas remessas vinhos espanhóis - tanto na modalidade Ouro (tintos), quanto na Summer (brancos e rosés). A maior parte foi produzida pelas Bodegas Volver, e um dos que mais me chamou atenção foi o Tarima Rosado 2015, 100% Monastrell, produzido na DO Alicante.

13 de maio de 2017

Km.0 Gran Reserva Pinot Noir 2010

Se tem uma linha de vinhos no Uruguai que faz jus ao termo Gran Reserva é a da Bodega Irurtia. Já escrevi a respeito do Viognier Gran Reserva (aqui), mas há algum tempo estava devendo comentar o Km.0 Río de la Plata Gran Reserva Pinot Noir 2010.

6 de maio de 2017

Zacapa Centenario XO


No ano passado, eu escrevi a respeito do Botran Solera 1893, que eu tinha comprado no aeroporto do Panamá. Era o topo de gama da Botran, uma das marcas das Industrias Licoreras de Guatemala. Como eu havia comentado no outro texto, a família Botran é proprietária da IGL, e portanto, detém as duas principais marcas de Rum do país: Botran, e Zacapa. O Botran Solera é o topo da primeira marca, classificado como Gran Reserva; e a marca Zacapa começa daí, de Gran Reserva para cima.

2 de maio de 2017

Inocente Jerez Fino

O Fino é em teoria o mais frágil dos tipos de Jerez, e a recomendação é que seja bebido em até um ano após engarrafado. Portanto, não é um tipo de vinho que se deva guardar. Mas, um pouco por estar cheio de outros vinhos, e um pouco por esperar o melhor momento para ele, acabei guardando uma garrafinha de 375mL por um ano e meio. E não foi na adega, já que esses vinhos vêm com aquelas tampas de plástico com cortiça, e portanto devem ser guardados de pé. Portanto, a meia-garrafa passou um ano e meio de pé, no meu armário de bebidas, sem nenhum controle de temperatura. E isso me permitiu chegar a uma conclusão: eles não são assim tão frágeis, já que, ao abri-lo, gozava de perfeitas condições.

26 de abril de 2017

Campomaggio Chianti Classico Riserva 2010

No mês passado, comentei que a Sonoma voltou a operar oficialmente. Na minha primeira compra, além do branco da Sardenha que comentei naquele texto, comprei também o Campomaggio Chianti Classico Riserva 2010, por R$99,90.

21 de abril de 2017

#throwback

Quando se trata de Porto, sempre fui mais Tawny - bem envelhecido - com toda sua complexidade e persistência. Os Rubys, achava-os enjoativos, pouco frescos... porque ainda não havia tomado um que se prezasse. Até que tomei meu primeiro Vintage.

18 de abril de 2017

Shabo Saperavi 2014

Quando tomei pela primeira vez um vinho da uva Saperavi (veja aqui), eu não imaginava que tão cedo tomaria outro vinho dessa variedade. Mesmo sabendo que ela está sendo cultivada no Brasil, ainda está em fase de testes, e portanto ainda não há vinhos disponíveis comercialmente.

Por isso, foi com surpresa e interesse que recebi a divulgação do clube do vinho Winelands, constantemente trazendo novidades, que importou vinhos da Ucrânia, inclusive um feito de Saperavi.

14 de abril de 2017

Mais um bom rosé italiano

Diz o ditado que santo de casa não faz milagre. Isso pode até ser verdade, mas às vezes o santo pode dar só um empurrãozinho, e isso pode ser o suficiente. Meu pai não gostava de vinhos rosés. Tinha-os em baixa consideração, vinhos que simplesmente não valiam a pena. Comecei devagar, mostrando alguns mais encorpados, como os rosés de Malbec argentinos. E ele curtiu; quebrou a redoma. Mais tarde, quando viajamos juntos pela Provence, com um vinho melhor que o outro, ele incluiu os rosés da região em sua lista de boas referências.

10 de abril de 2017

Mabilia Cirò Rosé 2015

Em janeiro, tomei com meu pai um tinto da Calábria, o Liber Pater Cirò, que ele havia recebido pelo Vinhoclube Ouro (reveja aqui). Agora em março, recebi pela modalidade Vinhoclube Summer um vinho produzido pela mesma vinícola, na mesma região, com mesma variedade de uva, só que rosé. Foi o Mabilia Cirò Rosé 2015, produzido com a variedade Gaglioppo, a protagonista da DOP Cirò.

3 de abril de 2017

Nebbiolo branco

No final de ano, comprei um vinho inusitado: um branco, feito de Nebbiolo. Não que seja tão raro um vinho branco de uvas tintas, mas a nobre uva dos Barolos e Barbarescos, famosa pelos seus taninos intensos, não estava entre as variedades que eu pensaria ver vinificada em branco.

24 de março de 2017

Quando um Tawny antigo estraga

Ou a importância da data de engarrafamento nesses vinhos



Há um mês, escrevi a respeito de um Porto Colheita, bem antigo. Entre outras características, comentei que são vinhos que envelhecem por muitos anos em tonéis nos produtores, mas depois de engarrafados, não evoluem em garrafa, e não devem ser guardados por muito tempo. E exatamente por isso, a data de engarrafamento, que deve constar obrigatoriamente no contra-rótulo, é tão importante. E coincidentemente, pouco tempo depois, tive um exemplo prático disso, outro dia.

20 de março de 2017

Curry de camarões pede um vinho aromático


De um ano para cá, eu e Thais temos nos deleitado com freqüência em distintas preparações de curry: verde, amarelo ou vermelho, com frango, peixe ou frutos do mar. Se não é no nosso restaurante favorito - o Tomyam - ela prepara em casa, como o do último fim de semana: curry verde de camarões graúdos, com cogumelos shitake grelhados, e o curry preparado com leite de coco, a pasta de curry, bastante gengibre, e muito coentro - tanto picado no molho, quanto salpicado por cima, no prato.

18 de março de 2017

Revisitando o Banyuls de M. Chapoutier

É incrível como a nossa impressão sobre um vinho pode mudar tanto em safras e ocasiões diferentes. Há um par de anos, provamos em minha confraria o Banyuls 2009 de M. Chapoutier. Na ocasião, achamos com unanimidade se tratar de um vinho extremamente enjoativo, muito doce, deficiente em acidez, e com aroma forte de jabuticabas. Fortemente rejeitado, foi escolhido o pior da noite.

15 de março de 2017

Sonoma de volta, com vinhos da Sardenha

Lembra do site Sonoma? Eu cheguei a comprar alguns vinhos deles, até que em 23 de abril do ano passado, recebi um email anunciando que estavam fechando as operações.

E em janeiro deste ano, recebi com surpresa uma oferta, anunciando que estavam de volta. O vinho do anúncio não me interessou, mas resolvi entrar no site para ver o que tinham no portfólio, e quando vi um Vermentino di Gallura; não resisti, e fiz uma compra.

12 de março de 2017

Fiano di Avellino

No último texto, comentei sobre um vinho de Taurasi, provavelmente a DOCG de maior reputação do sul da Itália. Ela se localiza na Campania, mais precisamente na província de Avellino. Mas a reputação vinícola dessa província interiorana encravada nos montes Apeninos não se limita aos tintos. Ela também possui brancos dignos de nota. Uma área delimitada ao redor da capital - que também se chama Avellino - recebe a DOCG Fiano di Avellino.

7 de março de 2017

Taurasi, a estrela do sul da Itália

Talvez você ainda não tenha provado, nem mesmo ouvido falar da Aglianico. Mas apesar de relativamente pouco conhecida, ela é tida por especialistas como a principal variedade de uva do sul da Itália. Mais ainda, é considerada uma das três mais nobres variedades daquele país, ao lado da Nebbiolo - responsável pelos Barolos e Barbarescos - e da Sangiovese - que dá origem ao Brunello di Montaltino.

Devido à sua grande intensidade de acidez e taninos, ela costuma resultar em vinhos com grande estrutura e potencial de envelhecimento. De maturação muito tardia, seu cultivo é restrito à Campania e ao norte da Basilicata, regiões ao sul da Itália, de clima mediterrâneo com médias de temperatura mais elevadas do que o norte do país. Seu terroir ideal são áreas montanhosas, com altitudes médias de aproximadamente 400 metros, em solos de origem vulcânica, sobre a cadeia de montanha dos Apeninos Meridionais, que dominam o interior dessas duas regiões. A Aglianico encontra essas condições especiais em três territórios diferentes, que recebem status DOCG, devido à reputação de seus vinhos.

3 de março de 2017

Perle de Vigne

Mais um espumante em promoção que comprei na Wine.com.br, no final do ano passado: Perle de Vigne, um Crémant de Bourgogne Grande Reserve produzido pela Maison Louis Bouillot.

24 de fevereiro de 2017

Mega Spileo Moschato


A Moscatel (também freqüentemente referida pelo nome italiano de Moscato) é uma das variedades mais antigas ainda cultivadas. Com uma história que remete pelo menos à Grécia antiga, e uma aptidão acima da média para sofrer mutações genéticas, ela possui uma grande quantidade de sub-variedades, espalhadas por todos os países produtores de vinho no mundo. Em comum, sempre todas as sub-variedades têm um caráter aromático, principalmente floral e cítrico, que é ao mesmo tempo seu ponto forte e seu ponto fraco.

19 de fevereiro de 2017

Dalva Porto Colheita 1977

De minha última viagem a Portugal, trouxe algumas preciosidades na mala: e uma das maiores, foi o Dalva Porto Colheita 1977, produzido pela empresa C. da Silva. Além de ter obtido um preço bem legal, a marca Dalva tem alta reputação, e qualidade que eu mesmo já havia tido oportunidade de atestar.

17 de fevereiro de 2017

L'écume: um rosé do Languedoc


Em um jantar com amigos este mês, uma amiga levou um vinho rosé com uma linda cor 'casca de cebola', aquele rosa-alaranjado pálido típico dos rosés da Provence. Se chamava L'écume 2015, produzido pelo Château La Négly. E não era apenas a cor que me fez lembrar da Provence: seu aroma que mesclava morangos frescos com casca de laranja e pomelo, e seu frescor em boca, em tudo me lembraram um bom rosé Provençal.

12 de fevereiro de 2017

Corralillo Gewürztraminer 2015

Não sou um fã de Gewürztraminer. Tendo a achar seus vinhos enjoativos, pois geralmente ela aporta muito potencial alcoólico e açúcar, mas pouca acidez para equilibrar. Por outro lado, quando o vinho é equilibrado, é uma ótima companhia para a culinária do sudeste asiático. E por essa razão, tenho buscado conhecer mais vinhos dessa variedade.

A referência em Gewürztraminers é hoje a região francesa da Alsácia, na fronteira com a Alemanha. Mas o Chile, sempre buscando diversificação, tem obtido bons resultados com a variedade no Vale de San Antonio. Esse vale costeiro localizado próximo à capital Santiago tem clima frio influenciado pelo Pacífico, e tem apostado em variedades de clima mais frio; entre elas, a 'Gewürz'.