13 de setembro de 2017

Alambique de Minas Ouro

Para celebrar mais um 13 de setembro (dia nacional da cachaça), resolvi escrever a respeito da Alambique de Minas Ouro. Uma cachaça que conheci este ano, e caiu na minha graça.


Visitando os meus pais em BH, nos sentamos uma noite à área externa do apartamento, para bater papo. Meus pais começaram a tomar uma cerveja, que preferi não acompanhar. Então meu pai falou pra eu ir no armário das bebidas, escolher algo pra gente beber, e voltei com aquela garrafa vistosa, retangular, ainda lacrada. Dois copinhos, abri a garrafa, servi, e provamos. Nada muito fora do normal, uma boa cachaça, mais macia que o normal, e o paladar ligeiramente mais adocicado, bastante agradável.

Ficamos ali, batendo papo, bebericando a cachaça, com castanhas de caju e pistache de tira-gosto. E claro, intercalando com água de vez em quando, pra não ter ressaca. Quando vimos, já era meia noite, e meia garrafa tinha ido embora. A gente não tinha a intenção de acabar com ela, mas o papo estava bom, estávamos nos sentindo bem, continuamos. Quando nos demos conta, já eram 3 da manhã, só faltava um dedo para terminar a garrafa. Ponderamos que era hora de dormir.

Tomar uma quantidade daquelas de cachaça é totalmente fora do meu usual. Pra falar a verdade, acho que nunca tinha tomado tanto - talvez em caipirinhas, em alguma ocasião, mas não creio. Mas aquele dia, ela estava descendo bem demais. E no dia seguinte, estava zero bala, sem nenhum efeito colateral. Por essa singular experiência, de como ela desceu bem no dia, ela me conquistou. No momento, é a cachaça do dia-a-dia que tenho em casa.


A história por trás do rótulo

A Alambique de Minas é uma das marcas de um alambique chamado Engenho da Cana, no município de Ouro Branco, em Minas. O site não tem muita informação, mas o contra-rótulo diz que foi envelhecida em barris de amburana - sem precisar quanto tempo - o que talvez justifique a maciez e paladar mais adocicado.

O projeto começou em 2008 com a aquisição da propriedade, e plantio de cana-de-açúcar. O alambique, novo em folha, foi projetado para uma máxima eficiência econômica, aproveitando a gravidade para mover os produtos em cada etapa: da garapa ao produto final. O calor da destilação vem da queima do bagaço, e os descartes (cabeça e calda) passam por uma segunda destilação com o objetivo de se obter álcool combustível, usado na propriedade. Essas informações, obtive em um vídeo gravado por um clube de cachaças, em visita ao produtor. Recomendo o vídeo:


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