26 de maio de 2018

Gustave Lorentz Crémants d'Alsace

No mundo dos espumantes franceses, os Crémants são como uma alternativa aos Champagnes, de espumantes de alta qualidade, só que de custo mais em conta. Há Crémants em diversas regiões da França; todos são produzidos pelo método tradicional, como em Champagne, mas cada um tem sua tipicidade própria, em função da região de origem, e variedades de uva utilizadas.

Os Crémants d'Alsace estão entre os de maior reputação. Produzidos na região da Alsácia, na fronteira com a Alemanha, o clima frio, apenas um pouco mais quente que o de Champagne, torna a região muito adequada a vinhos brancos e espumantes. Os Crémants correspondem a 25% da produção vinícola da Alsácia; e em comparação com todos os espumantes da França, tem o segundo maior volume de vendas, atrás apenas de Champagne.

21 de maio de 2018

Indómita Gran Reserva Viognier

No mês passado, fui surpreendido por um Viognier, produzido no norte do Chile, no Valle del Limarí (releia, aqui). E na minha viagem ao Chile, fui surpreendido por outro Viognier do Chile, mas produzido quase no extremo oposto, Valle del Bío Bío, no sul do Chile.

Os climas de ambas regiões do Chile não poderiam ser mais diferentes. No Limarí, muito sol, calor, e pouquíssima chuva. Mas a altitude provê o arrefecimento que permite produzir vinhos com frescor. Já o Bío Bío tem o clima bem mais fresco e bem mais úmido, a ponto de muitas vezes não ser necessário irrigar.

13 de maio de 2018

Barón de Lajoyosa Gran Reserva 2005

Já escrevi diversas vezes a respeito da variedade Cariñena. Mais conhecida pelo nome em francês - Carignan - é muito cultivada no sul da França, sobretudo nos vinhedos da Provence e do Languedoc-Roussillon. Também tem feito sucesso no Chile, sobretudo no Vale do Maule.

Bem menos conhecida é a Denominación de Origen Cariñena. Ela se localiza na comunidade de Aragón, no centro-norte da Espanha. Com altitudes que variam de 400 a 800 metros sobre o nível do mar, tem um clima continental de altitude, com dias quentes e noites frescas, como a maior parte da Espanha. O diferencial é o vale do Rio Ebro, que corta Aragón, e desemboca no Mediterrâneo. Esse vale forma um 'corredor' que permite a entrada de correntes de ar mediterrâneas, que amenizam ligeiramente o clima continental, trazendo um pouco mais de umidade, e reduzindo os extremos de temperatura.

7 de maio de 2018

Cuatro Gallos: pisco peruano disponível no Brasil

Em 2013, meu texto a respeito dos piscos peruanos causou a indignação de um leitor, que me aconselhou provar outras marcas. Nada mais justo, o problema é encontrar pisco peruano no Brasil. Quer dizer, era, pois finalmente encontrei deles no restaurante Lima Cocina Peruana, que descobri recentemente em Campinas (ele abriu em outubro de 2015, mas só este ano eu e Thais tomamos conhecimento, e fomos conhecê-lo).

O restaurante possui piscos da marca Cuatro Gallos, e de acordo com o atendente, trazidos por importação própria. A casa oferece 3 tipos diferentes: Quebranta, Italia e Acholado. Os dois primeiros se referem a variedades de uva; já o termo acholado é usado na indústria pisquera peruana para se referir destilados produzidos a partir de uma mescla de diferentes variedades. Como o nome me chamou atenção, foi o primeiro que provei.

4 de maio de 2018

Quinta de Gomariz Padeiro 2017

Todos os anos desde 2014, a rede Pão de Açúcar tem importado uma grande diversidade de Vinhos Verdes, que chegam durante a quaresma para abastecer a Semana Santa. Este ano, demorou, mas enfim chegaram.