6 de setembro de 2014

Salada de arroz vermelho e tomates em três cores

Eu e Thais valorizamos a diversidade de variedades para um mesmo alimento: diferentes variedades de arroz, de feijão, de tomate, de bananas, até de uvas. Apoiamos os argumentos do movimento slow food, que essa diversidade é mais saudável e mais sustentável.

E o almoço de hoje foi inspirado nessa premissa. Thais encontrou no mercado duas variedades de tomates diferentes, que não encontramos com freqüência: uma amarela e uma marrom. Ela aproveitou a oportunidade, e comprou também arroz integral vermelho, para fazer uma salada diferente. A salada levou arroz, cenoura e vagem cozidos, 3 variedades de tomates diferentes, nozes picadas e queijo parmesão ralado.


Modo de preparo

O arroz, que é cultivado no interior de São Paulo, precisa ser cozido por quase 40 minutos, sem deixar secar a água, neste preparo para salada. A cenoura e vagem, picados, foram cozidos à parte, por precisar de menos tempo. Após o cozimento, foram escorridos, e separados para esfriar.

Já os tomates, foram apenas cortados na metade. A partir daí, o preparo é simples: basta misturar tudo, ralar um pouco de queijo parmesão, e temperar. O tempero foi apenas sal, limão siciliano e um azeite de qualidade, que trouxemos da Provence, e só utilizamos para saladas, em receitas especiais.


Acompanhamentos

Neste almoço, a salada foi o prato principal! Mas a refeição precisa de uma proteína, por isso foi a salada foi acompanhada de filé de porco assado, temperado com sal, alho e pimenta-do-reino.

Para ressaltar a salada, resolvi escolher um vinho rosé. O escolhido foi o Château de Valbourgès Cuvée Prestige 2013, que também trouxemos de nossa última viagem à Provence. Como um bom rosé da Provence, ele tem delicada cor salmão, aromas de agrumes, e bom frescor. Acompanhou com louvor a salada, deixando-a se sobressair na refeição, e também ficou muito bom ao lado do filé de porco.


Château de Valbourgès

O Château de Valbourgès foi uma das inúmeras visitas que fizemos a vinícolas durante a viagem. Passamos por acaso: vimos as placas anunciando-a na estrada, e como tínhamos tempo, paramos para provar alguns vinhos.

A sede da propriedade é um casarão de fachada simples, e um pouco mal conservado. De acordo com a funcionária que nos atendeu, a família proprietária não o utiliza mais como residência, já que construiu outra casa em outra parte da propriedade. Por outro lado, como curiosidade histórica, ele teve seu papel durante a II Guerra Mundial: em agosto de 1944, soldados americanos desceram de paraquedas, e utilizaram a propriedade como base e hospital, durante alguns dias. A casa presta homenagem ao fato com um desenho que representa os paraquedistas, nos rótulos da linha Tradition.

A adega fica em uma construção independente ao lado do casarão. O principal da produção é de rosés, com duas linhas AOP Côtes de Provence, seguida pela produção de tintos. Comprei algumas garrafas dos rosés, mas esta que tomamos hoje foi a única que chegou ao Brasil, já que tomamos o restante durante a viagem.


O Cuvée Prestige é rosé topo de gama da vinícola. Elaborado por maceração curta, e pequeno estágio sobre as borras, ele tem cor mais delicada, porém mais corpo que o Rosé Tradition. Está na faixa dos €7. Mas o Tradition, na casa dos €6, também é muito bom. Nós inclusive compramos algumas garrafas dele, só que elas não chegaram ao Brasil.

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