5 de fevereiro de 2015

Wäls Petroleum

Quando estava para ir para BH, um colega me falou dessa cerveja Wäls Petroleum e pediu pra trazer umas garrafas de lá. Curioso, procurei comentários a respeito dela, e só li boas críticas. Trouxe umas garrafas para ele, e uma para mim mesmo, para poder provar. Custou R$15,90 cada.

Por todas as características descritas - estilo 'russian emperial stout', adição de chocolate, 12% de álcool, super encorpada - guardei para tomar em um dia frio, pois no calor ela provavelmente seria difícil de tomar. Ainda bem que chegou essa frente fria trazendo chuva, que além da muito bem vinda chuva em si, me poupou de guardar uma garrafa de cerveja até maio.

A garrafa de 375mL vinha fechada com rolha. Tirei o lacre, depois a rolha - deu até um pop. Ao verter o líquido no copo, percebi como era visivelmente muito denso. O creme que formou, escuro, tinha umas bolhas meio grandes, mas era bem persistente, demorou bem a se dissipar. Ou seja, na análise visual, imponente.


Então fui tomar o primeiro gole. Veio imediatamente uma doçura intensa, com nível tostado exagerado, gosto de chocolate enjoativo, muito peso na boca, e álcool transbordando. Fiz força para tomar o segundo gole, e não deu pra chegar no terceiro. Não houve tempo frio que salvasse essa cerveja: foi pro ralo. Ela é tudo em exagero, bem ao estilo do paladar estadunidense, mesmo: 'quanto mais melhor'. Se fosse vinho, seria daqueles sucos de carvalho bombados que viraram moda porque norte-americano gosta. Aliás, que p* de levedura de cerveja é essa que fermenta até 12%? Deve ser um frankenstein geneticamente modificado.

A minha impressão é que as cervejas 'artesanais' brasileiras estão entrando na hype do exagero, bem no momento que o vinho começa a sair dessa onda. Enquanto essa hype continuar, eu vou ficar nas ales inglesas e lagers alemãs, que faço muito melhor negócio.

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