24 de fevereiro de 2017

Mega Spileo Moschato


A Moscatel (também freqüentemente referida pelo nome italiano de Moscato) é uma das variedades mais antigas ainda cultivadas. Com uma história que remete pelo menos à Grécia antiga, e uma aptidão acima da média para sofrer mutações genéticas, ela possui uma grande quantidade de sub-variedades, espalhadas por todos os países produtores de vinho no mundo. Em comum, sempre todas as sub-variedades têm um caráter aromático, principalmente floral e cítrico, que é ao mesmo tempo seu ponto forte e seu ponto fraco.

Aqui no Brasil, a Moscatel é usada para produzir - e dá nome a - um espumante doce, de baixo teor alcoólico, e muito aromático - um clássico nacional, que possui tantos fãs quantos opositores. Um estilo que herdamos da Itália, onde são produzidos grandes volumes de Moscato d'Asti e Asti Spumanti.

Outro grande potencial dessa uva está na produção de vinhos de sobremesa. Em Portugal, se produz o Moscatel de Setúbal; na França, diversas regiões produzem Muscats (por exemplo, Muscat de Beaumes de Venise, Muscat de Frontignan e Clairette de Die); e na Grécia, é responsável por alguns dos principais vinhos doces do país: Moscatel de Samos e Moscatel de Patras.


Mas além da vocação para espumantes aromáticos e vinhos fortificados, diversas sub-variedades de Moscatel também são usadas para vinhos brancos e secos. Não são vinhos de grande estrutura, nem feitos para guarda. Mas são refrescantes, ideais para serem consumidos bem frios, e para acompanhar saladas e frutos do mar.

Um exemplo desse estilo, o Mega Spileo Moschato 2014 vem da provável terra de origem da Moscatel, a Grécia. É produzido pela vinícola Cavino, em seu projeto de exploração dos vinhedos pertencentes ao milenar monastério de Mega Spileo. Ele foi importado pela Winelands, e já figurou mais de uma vez entre as seleções mensais do clube.


De coloração palha clarinha, tem aroma bem característico da Moscatel, intenso e floral. Na boca, tem corpo leve, acidez equilibrada, e muito sabor. Com rótulo escrito em grego, ele chegou atraindo a curiosidade; e depois cativou pelo sabor e frescor, servido geladinho, nos dias mais quentes desse verão. Ficou perfeito acompanhando um espaguete com frutos do mar e tomates confitados, ou uma entrada de camarões ao aïoli com coentro, ou mesmo, só, à beira da piscina.

2 comentários:

  1. Antes mesmo de visitar seu blogue eu vi que esse vinho está novamente na seleção de Março da Winelands, e já o tinha escolhido como parte do meu próximo pacote.

    :)
    Na expectativa de futura degustação!

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