29 de junho de 2013

Encontro de Vinhos Campinas 2013: Fermasa

Eu já tomei vários vinhos argentinos, antes, quando eu tomava o vinho sem prestar muita atenção, antes de fazer cursos na ABS Campinas SBSomm. Eram vinho baratos, de supermercado, e eu gostava bastante, pelo menos dos tintos. É, os brancos eu costumava achar enjoativos, com aromas 'doces demais'.
Com os cursos, aprendi que essa é uma característica comum aos vinhos argentinos, e do Novo Mundo em geral, tanto de vinhos tintos, quanto de brancos. Quanto aos tintos, não costumava me incomodar, e eu gostava deles mesmo assim, mas os Chardonnays com aquele gosto de abacaxi passado - que você comprou fatiado na feira, colocou em uma vasilha dentro da geladeira, e se esqueceu dele por duas semanas - eles eram intragáveis. E os Sauvignon Blancs, que pareciam suco Maguary de maracujá com um quilo de açúcar, não serviam nem pra fazer risoto.
Com o tempo, passei a não me interessar muito por vinhos argentinos (e do Novo Mundo em geral). Mas neste último Encontro de Vinhos, meio que por acaso, tive um reencontro com os vinhos do país.


Barrica Negra / Fermasa

Por fim, devido à minha preferência por importadores de nicho, fiz também uma visita ao stand da Barrica Negra, importadora do grupo Fermasa Bodegas & Viñedos, que produz vinhos na região de Luján de Cuyo, Mendoza.
Sua motivação foi retirar o atravessador, para poder chegar ao mercado com preços mais competitivos. E realmente, conseguiram preços muito bons. Só como exemplo, a linha Baladero possui vinhos com preços entre R$26,00 e R$28,00 (preço de venda direta ao consumidor), inclusive um Chardonnay com estágio em barrica.
A vinícola fica localizada na Ruta 7, estrada que leva ao Chile, e é a última bodega antes da cordilheira. Possui apenas 10ha de vinhedos, com altitudes dos 700 aos 1500 metros sobre o nível do mar!

    Baladero Chardonnay 2012: com boa acidez, com aroma de frutas maduras sem excesso, e toque de madeira sutil (10 semanas). O teor alcoólico de 12% é uma pista de que não colhem as uvas sobremaduras. E conforme disse anteriormente, custa apenas R$28,00.
    Baladero Espumante extra-brut 2011: feito com Chardonnay pelo método Charmat: segunda fermentação em tanques de inox, por 14 dias. R$39,00.
    Baladero Cabernet Sauvignon 2007: com estágio em barricas de 2º e 3º usos, entre 4 e 6 meses. E custando apenas R$26,00, foi eleito 5º colocado em uma degustação às cegas, ocorrida entre especialistas, antes do início da feira. Tem boa acidez, taninos bem domados, e aroma característico da casta, com frutas vermelhas, e uma ponta de 'pirazina'.
    Jerarquia Malbec 2007: o carro chefe da casa, provenientes de vinhas com rendimento de 2,5Kg por planta, e 2 anos de estágio em barricas de 1º uso. Mais ao estilo argentino, é encorpado, potente, alguns até poderiam dizer um pouco 'bombado' (14,5% de teor alcoólico). Mas é redondo, floral e frutado, fácil de beber.
    Vinserus 2007: vinho de sobremesa, feito com uvas Malbec provenientes de colheita tardia, com 14,5% de teor alcoólico. É um vinho gostoso, relativamente barato, mas neste quesito creio haver opções no mercado com melhor relação custo-benefício. A garrafa de 500mL está a R$34,00.


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