12 de setembro de 2012

Verdeo

Estava eu em Sevilla, 'fuçando' rótulos de um supermercado, quando um específico me chamou a atenção. Era um vinho branco, com rótulo verde, e garrafa também esverdeada, com o nome Verdeo 2011, feito da uva Verdejo. Produzido por Bodega Torres, da D.O. Rueda. Era um lote que tomava parte de uma prateleira de destaque, voltada a um corredor de passagem. Peguei uma garrafa, olhei, virei, pensei, e devolvi. Não me rendi de imediato.

Mas em Madrid, 'fuçando' em outro supermercado - da mesma rede - encontrei outro grupo de garrafas do mesmo vinho, em posição igualmente destacada. Eu pensei em fingir ignorá-lo novamente, mas meu pai - que estava comigo apenas na segunda vez - também ouviu a súplica da garrafa: 'me tome!'. Com tanto verde - no rótulo, no nome do vinho, e no da uva - ela evocava frescor, e lá fora estava quente pra caramba. Custando apenas €5,30, levamos uma.

Veio a calhar, pois minha mulher ia preparar um risoto para jantar, no apartamento onde estávamos hospedados. Um simples risoto de cogumelos de Paris e queijo roquefort, feito com arroz arbóreo, caldo de legumes, e o vinho. Os cogumelos, grelhados separadamente na manteiga, foram acrescentados à receita apenas ao final, quando o arroz estava praticamente pronto.

O vinho foi utilizado no preparo, e também como acompanhamento do prato. A cor do vinho no copo (é, não tínhamos taça, mas não isso que me impediria de tomar um vinho) era de fato branco-esverdeado, mas não tanto quanto na garrafa, claro! Refrescante e com boa acidez, o aroma era frutado, mas não muito intenso (o que veio a calhar para ser usado no risoto).


Fica a dica pra quem for à Espanha no verão, e quiser tomar um vinho descontraído no hotel, ou onde estiverem hospedados.

Um comentário:

  1. O vinho ficou ótimo no risoto, conseguiu se sobressair sem ficar demais, além disso deixou o roquefort ser notado, sem brigar com ele.

    Ótima escolha tanto para preparar o risoto quanto para acompanhar o prato.

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