23 de setembro de 2012

Maria Isabel e farofa de banana


Com saudades de casa, Thais resolveu fazer um almoço com comida típica cuiabana: Arroz Maria Isabel, acompanhado de farofa de banana e feijão.

Maria Isabel é basicamente um arroz com carne de sol, salsinha e tomates picados. Deixa-se a carne dessalgando desde a véspera, corta em pedacinhos, e passa na frigideira, com um fio de azeite. Em seguida acrescenta-se o arroz, uma colherada de extrato de tomate, alho (ou molho de alho), e os tomates picados. E logo, acrescenta-se a água, e deixa cozinhando, sem mexer. A chef deu seu toque acrescentando uns pedacinhos de pimenta dedo de moça. Quando estiver pronto, joga-se umas folhas de salsinha fresca. O último toque, já no prato, é espremer um pouco de limão sobre o arroz.

A farofa, por sua vez, é feita com a banana-da-terra. Ela deve estar bem madura, então é picada e frita em imersão, para em seguida ser misturada à farinha de mandioca, que passa na panela, com uma colher de manteiga, molho de alho, uma pitada de sal, e eventualmente uma salsinha. E pra completar, o feijãozinho básico, que o arroz e a farofa pedem.


Para harmonizar com este cardápio cuiabano, escolhi um vinho compatível com o clima de lá. Poderia ser um Vinho Verde, mas escolhi outro, parecido. Tomamos um Prova Régia, de Bucelas, uma região próxima a Lisboa. Devido à pressão imobiliária da proximidade com a capital, é uma denominação de origem muito pequena, o que torna os vinhos relativamente raros, mas não caros. Este, comprei na Garrafeira Nacional, em Lisboa, por €2,90. A região, a 25Km de Lisboa, fica no vale do rio Trancão, entre o Tejo e o mar, com solo de marga e calcário. Tem inverno frio, e verão com boa amplitude térmica, um clima propício para garantir boa acidez às uvas.

O vinho é 100% da casta Arinto. Aí já começa a semelhança dele com os Vinhos Verdes, já que esta é uma das castas mais usadas lá no Minho. Além disso, tem boa acidez, aromas cítricos, de maçã verde, e muita acidez, como um Vinho Verde. Só faltou a 'agulha'. E o teor alcoólico de 13%, apesar de não ter se sobressaído, é maior que na maioria dos Vinhos Verdes.

E pra terminar, de sobremesa comi doce de caju com uma fatia de queijo. O doce é bom, mas com o queijo para dar um contraste, fica melhor ainda. E não creio que um vinho de sobremesa possa harmonizar com ele, pois o doce e a calda já têm açúcar que baste.

2 comentários:

  1. Acabamos de comer uma Maria Izabel aqui em casa. Ficou perfeita com um suco de Tamarindo. rsr. Só está faltando você aqui em Cuiabá...Laice

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    1. Oi Laice,

      Bolo de queijo também harmoniza muito bem com suco de tamarindo. Lembre-se disso, pois em dezembro, eu vou aí sem falta!

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