Abaixo, segue a lista dos vinhos, com uma descrição rápida, e o porquê eu o escolhi entre os melhores. Ao clicar no nome do vinho, é possível ver o texto original em que o descrevi com mais detalhes.
Rosés
O evento mais importante para o blog este ano foi a viagem à Provence, que emplacou dois rosés, só para não estender demais a lista! Além disso, merece destaque um excelente rosé da Bulgária que parece de verdade um rosé da Provence.- Château Grand Boise rosé 2013: um rosé da Provence, produzido na região de Sainte-Victoire. Porquê: um delicioso rosé da Provence, mais estruturado que a média, mas com preço convidativo.
- Cuvée des Abbés rosé 2013: outro rosé da Provence, desta vez da genérica Côtes de Provence. Porquê: apesar de menos estruturado, e feito para ser bebido o mais jovem possível, tem uma cor encantadoramente singela, e possui típico perfil da Provence.
- Logodaj Nobile Rosé 2013: rosé da Bulgária, feito da uva Melnik, produzido no vale do rio Struma. Porquê: ele não é da Provence, mas em uma degustação às cegas, passaria fácil por um: cor delicada, aromas cítricos, fresco e seco.
Tintos
A viagem à Provence também emplacou um tinto nesta lista. Os outros dois são um espanhol da tradicionalíssima Rioja, e um argentino envelhecido por 10 anos - que é completamente diferente de qualquer outro argentino que já tomei, e muito melhor.- Paternina Conde de Los Andes Gran Reserva 2004: um Gran Reserva da região de Rioja, Espanha, com 60 meses de envelhecimento em cave. Porquê: um vinho evoluído, com excelente bouquet, e preço muito amigável.
- Montchenot Gran Reserva 2003: um corte, majoritariamente Cabernet Sauvignon, produzido em Mendoza. Ele envelhece 10 anos em tonéis, antes de ser engarrafado. Porquê: é o melhor vinho argentino que já tomei, disparado.
- Quintessence Rouge 2011, Château Henri Bonnaud, Palette: tinto orgânico da Provence, feito com um corte das variedades mais comuns do sudeste francês (Grenache, Mourvèdre, Carignan, Syrah). Este é o topo de gama do produtor. Porquê: um vinho com estrutura formidável, elegante - mesmo com 15% de álcool - e extremamente aromático.
Brancos
Entre os brancos, Portugal monopolizou o espaço, com 2 Vinhos Verdes completamente diferentes entre si (mas cada um ideal para um certo momento), e um terceiro da desconhecida região de Távora-Varosa, das Terras do Demo.- Adega Ponte de Lima Loureiro 2012: Vinho Verde leve produzido com a variedade Loureiro. Porquê: seco, leve, com muita acidez e agulha, e delicioso aroma cítrico. É um vinho para se refrescar no calor, e para harmonizar com pratos difíceis.
- Terras do Demo Branco Superior 2008: produzido em Távora-Varosa, Portugal, pela Cooperativa do Távora. É um corte de diversas castas portuguesas, e com estágio em barricas por 12 meses. Porquê: um grande vinho branco português, muito fresco, encorpado, sem excesso de madeira, e com ótimo preço.
- Quinta de Alderiz Alvarinho 2012: Vinho Verde Alvarinho (Monção e Melgaço). Porquê: não tem agulha, é encorpado e untuoso, bem distinto de um típico Vinho Verde. Ainda assim, cheio de frescor, e com os aromas da Alvarinho, é um excelente vinho branco.
Espumantes
Também das Terras do Demo veio o espumante rosé, representando muito bem a qualidade dos espumantes portugueses. Mostrando que a Alemanha também pode produzir com muita qualidade, temos o Sekt orgânico e que leva eiswein como licor de expedição, garantindo um produto natural, sem aditivos sintéticos. Fechando a lista, um Cava Gran Reserva, com 5 anos de maturação sobre borras.- Terras do Demo Rosé Brut 2011: espumante brut rosé (ou cor de olho de perdiz), produzido pela Cooperativa do Távora, pelo método tradicional, com Touriga Nacional. Porquê: belíssima cor, ótima perlage, muito fresco, saboroso, e com ótima persistência aromática.
- Sekt Vierlig Weissburgunder Brut 2008: espumante alemão, produzido com a variedade Pinot Blanc, pela família Zähringer. O licor de expedição dele foi eiswein do próprio produtor. Não teve açúcar adicionado diretamente. Porquê: se não bastasse o esmero com que foi produzido, é delicioso, complexo, muito aromático, e com ótima acidez.
- Gramona III Lustros Gran Reserva Brut Nature 2004: um cava, espumante espanhol, produzido pela Casa Gramona, com 5 anos de maturação sobre as borras. Porquê: um vinho com intensos aromas de brioche, manteiga e avelãs, resultado do longo período de maturação.
Vinhos de sobremesa
Foi um ano cheio de vinhos de sobremesa fantásticos. Entraram na lista um Moscatel Roxo, de Setúbal (mais um de Portugal); um Tokaji Azsú, representando estes grandes vinhos da Hungria; e um Marsalla Secco, da Sicília, que não tem a grandeza dos outros dois, mas compensa com uma ótima relação custo-benefício.- Pellegrino Marsala Superiore Secco: vinho fortificado típico da Sicília, este é seco, e envelhecido por 2 anos em barricas. Porquê: o vinho me impressionou. Mais seco do que eu esperava, ainda assim, não tanto quanto um Jerez, por exemplo, ficou no equilíbrio perfeito. Além disso, tem um preço muito convidativo.
- Andrássy Tokaji Aszú 4 Puttonyos 2006: Tokaji Aszú é um vinho de sobremesa da Hungria, feito com uvas botritizadas. Porquê: apesar da quantidade de açúcar monumental, tem uma acidez estridente, e não deixa o vinho ficar enjoativo. Pelo contrário, fazia salivar muito, e convida ao próximo gole.
- Quinta da Bacalhôa Moscatel Roxo 1998: vinho fortificado da Península de Setúbal, produzido com a rara variedade Moscatel Roxo, e envelhecido em barris de whisky por 9 anos. Porquê: parece repetição do anterior, mas a imensa acidez equilibra a grande quantidade de açúcar, e o vinho fica deliciosamente fresco. Além disso, o delicioso aroma de cascas de laranja confitadas parece que não passa nunca: permanece no palato e na taça, por uma eternidade.
Veja também a lista dos melhores de 2013.
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